16 julho 2010

Chacal


Sobrepoesia -Chacal

A velha pergunta se instala na sala do meu dia a dia: pra que serve a poesia? pra decorar cerimônia pra debelar a insônia para dar nume ao nome ou para cantar meu amor operisticamente?

Novas respostas se agitam em busca de uma saída: a poesia é precisa pelo sim e pelo não pelo que do não é til pelo que ainda é talvez pela energia sutil a poesia é assim:

De novo o problema aparece e uma ruga se materializa: como viver de poesia? de fazer reclame anúncio de letrar o que é melodia de ficcionar o que é pedra ou posando de poeta oportunista lente?

Enfim a solução transparece em súbita luz muito viva: a poesia se vive sem meias medidas no transitivo direto sem tênis adidas no infinitivo descalço a poesia é o fim

Ricardo de Carvalho Duarte, ou Chacal (Rio de Janeiro 24 de maio de 1951) - Além de poeta, é letrista e compositor. É um poeta ligado à chamada Geração Mimeógrafo, dos anos 70. Ao lado de Charles Peixoto, Bernardo Vilhena e Ronaldo Bastos, fundou o Nuvem Cigana, grupo que se apresentava na cena carioca no fim dos anos 70. Foi um dos fundadores do CEP 20.000 (Centro de Experimentação Poética) que sobrevive, até hoje, no Rio de Janeiro


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